Thaislane Nascimento, Júlia Dias, Gustavo Alves & Yuliandra Oliveira.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
TÓPICO 4- Relação de Jorge Amado com o mundo.
(vídeo mostrando a exposição de Jorge Amado no MAM & o carinho das pessoas para com ele)
A relação de Jorge Amado com o mundo foi de extrema contribuição social. Suas obras tem uma importância tão fundamental na cultura brasileira e até internacional, tornando-o constantemente alvo de grandes homenagens e de honrarias dignas apenas de pessoas com grande impacto social. Um grande exemplo disso tudo é que ele não falava mal de nenhuma religião, muito pelo contrário, ele abordava sempre um pouco de cada uma delas em suas obras, sem causar conflitos. Isso fazia com que ele tivesse o respeito de muitas pessoas.
Ele também não tinha medo de mostrar a realidade, e com isso abrangia toda a população em suas obras, seja ou da classe rica, ou da pobre, os brancos ou negros, moradores de rua ou não.
Jorge Amado sempre tinha algum personagem de fibra, sendo assim, ele mostrava bastante a personalidade de cada um. Realçava sempre a força e a garra da mulher. Isso é muito importante, pois poucas pessoas tem a coragem de escrever e defender a raça feminina.
Jorge procurava sempre estar ligado ao povo, isso aumentava a cada vez mais a sua credibilidade.
"“... Com o povo aprendi tudo quanto sei, dele me alimentei e, se meus são os defeitos da obra realizada, do povo são as qualidades porventura nela existentes. Porque, se uma virtude possui, foi a de me acercar do povo, de misturar-me com ele, viver sua vida, integrar-me em sua realidade. Quem não quiser ouvir pode ir embora, minha fala é simples e sem pretensão(...)” (AMADO, Jorge. Os Pastores da Noite)"
Sua importância ultrapassou os limites da literatura, fazendo com que sua influência atingisse um alto nível na discussão de temas como a política, a religião e a sexualidade.
Trabalho relacionado à matéria de Redação.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
1- Roteiro da Viagem.
A viagem do
colégio Rotary a Salvador teve seu roteiro iniciado com nossa ida à Igreja
Senhor do Bonfim. A igreja Senhor do Bonfim é um templo católico, localizado na
Península de Itapagipe, em Salvador. É lá que são distribuídas as tão conhecidas
fitinhas do Bonfim. O estilo da igreja é neoclássico, com fachada em rococó e é
uma típica igreja colonial portuguesa.
Igreja do Senhor do Bonfim.
Após a
visita a Igreja Senhor do Bonfim, continuamos nosso trajeto pelo pelourinho,
onde pudemos absorver parte da cultura extensa baiana. Os grupos jogando
capoeira, a equipe do Olodum tocando em alto volume nas ruas, os mercados de
peças artesanais, a arquitetura e a população.
Grupo de capoeiristas.
Pelourinho.
Passando
pelo Pelourinho, nós chegamos à escadaria onde foi gravado um dos mais
importantes filmes do cinema brasileiro, O Pagador de Promessas. O Pagador de
Promessas
é um filme brasileiro de 1962, um drama escrito e dirigido por Anselmo Duarte
e baseado na peça teatral homônima de Dias Gomes, que conta a história de Zé do
Burro, pequeno proprietário de terra humilde que enfrenta a intransigência da
igreja ao tentar cumprir uma promessa feita em um terreiro do candomblé através
de um longo percurso.
Igreja de Santa Bárbara - Salvador.
A
última parada da excursão foi no MAM (Museu de Arte Moderna). Lá, tivemos a
oportunidade de conhecer profundamente a personalidade, e toda a contribuição
cultural de Jorge Amado. O museu era dividido em vários fragmentos, onde cada
um nos deixava por dentro das características de Jorge Amado, suas inspirações
e até desejos.
Entrada do MAM- Museu de Arte Moderna
Foi possível também experimentar um pouco de suas obras através
de umas capsulas em uma das salas da exposição que narrava as histórias de
Amado, fazendo com que nossa intimidade com a interpretação de seus romances
fosse mais estreita.
A
viagem teve fim após essa última visita, com apenas uma escapadinha ao Parque
das Esculturas, que expõe uma beleza exorbitante, unindo modernidade e natureza
em seu conteúdo.
#Texto feito por: Gustavo Alves.
2 - Visita ao MAM
Ao chegarmos no Museu de Arte Moderna, nos deparamos com três galerias:
Galeria 1: Ao entrar vimos quadros que retratavam algumas
obras de Jorge amado, os quais tinham os seus livros baseados na sociedade, no
cotidiano de Salvador.
Logo em frente, estava exposto uma grade a qual existiam várias sementes de cacau o que representavam os cultivos dos coronéis em suas obras. As sementes de cacau, era um cultivo muito rico naquela época também, pois era usado para pagar o “dote” para o casamento da maioria das moças.
Grade com sementes de Cacau.
Entre uma Grade de Cacau e outra, ficavam quadros e em frente
desses quadros algumas roupas de Jorge Amado que eram floridas e folgadas.
Roupas que foram usadas por Jorge Amado.
Do outro lado da sala tinham três ou quatros prateleiras cheias de garrafas com Azeite de Dendê. Em algumas garrafas enfileiradas continham frases a quais juntas, formavam um trecho de um dos textos feitos por Jorge Amado: "O Mar". No fim do trecho existia uma porta a qual transmitia uma linda visão do mar, o que concluía com chave de ouro o seu texto.
Vídeo mostrando o trecho da obra de Jorge Amado nas garrafas com azeite de dendê.
Em uma sala no centro, uma exposição de fotos, documentos, caricaturas e reportagens em jornais de Jorge.
Retratos de Jorge Amado.
Documento.
Documento.
Mais adiante, umas cabines transmitiam sons e imagens com trechos de alguns de seus livros e ao lado nomes de suas obras esculpidas na madeira.
Cabines com textos e sons.
A ultima coisa que vimos na primeira galeria foi uma escada projetada por Lina Bo Bardi, sem um prego se quer, e presa por encaixes. A escada foi concebida pela arquiteta durante o processo de restauro solar, entre o fim dos anos 50 e inicio dos 60. O sistema de encaixes seria inspirado nos usados carros de boi.
#Texto feito por: Júlia Dias & Thaislane Nascimento.
Escada projetada por Lina Bo Bardi.
2.1 - Visita ao MAM
Galeria 2: Ao entrarmos nos deparamos com uma grande mesa que ficava no centro da sala com todos os livros que Jorge Amado já escreveu. Lá as pessoas podiam se sentar e praticar a leitura. Tinha também computadores que serviam para pesquisas sobre as obras do autor Amado.
Nas paredes estava exposta a cronologia de vida do querido Jorge, com a sua história, desde o seu nascimento em 10 de Agosto de 1912 até o seu falecimento em agosto de 2001. Em 2012 completaria 1 século de vida.
#Texto feito por Júlia Dias e Thaislane Nascimento.
Mesa com acesso à leitura dos livros escritos por Jorge Amado.
Prateleira com livros escritos por Jorge Amado.
Nas paredes estava exposta a cronologia de vida do querido Jorge, com a sua história, desde o seu nascimento em 10 de Agosto de 1912 até o seu falecimento em agosto de 2001. Em 2012 completaria 1 século de vida.
2.2 - Visita ao MAM.
Galeria 3: A ultima sala a visitarmos, era separada em três partes. A primeira parte tinha um ar jornalistico, com vários artigos escritos sobre Jorge Amado, notícias e mais notícias espalhadas por todo o ambiente.
Sala da política.
A segunda parte era iluminada e bem chamativa, o local mais conhecido como "Sala do erotismo e malandragem" pois eram obras de Jorge Amado que estavam em destaques, ou seja; os trechos mais sensuais de alguns de seus livros.
(Foto retirada do site do MAM - Museu de Arte moderna.)
No próximo espaço, a decoração de santos enfestava o lugar. Caixotes por todos os lados, o que dava mais cor ao ambiente. Os santo representavam a parte religiosa. Jorge Amado não definia sua religião, porém na maioria de suas obras defendia o Candomblé.
"Não sou religioso, não possuo crença religiosa alguma, sou materialista. Não tive experiências místicas, mas tenho assistido a muita mágica, sou supersticioso e acredito em milagres, a vida é feita de acontecimentos comuns e de milagres. Não sendo religioso, detenho um alto título no candomblé baiano, sou Obá Otum Arolu, um dos 36 obás. Distinção que meus amigos de candomblé me conferiram e que muito me honra".
- Dizia Jorge Amado.
Imagens representando o candomblé.
Imagens.
Espaço dedicado à religião.
Ainda no mesmo espaço estão expostas nas paredes nomes de várias cores. Essas cores estavam a representar a cor (raça) das pessoas. Uma pesquisa foi feita, muitas pessoas foram entrevistadas e a pergunta que se fazia era a seguinte: Qual a sua cor? A resposta veio através de várias cores, como: Branco, preto, amarelo, azul, parda, morena, castanho, etc.
Era possível também observar em algumas obras de Jorge Amado, a presença de algumas dessas cores, e poucas dessas obras estavam representadas por trechos que estavam expostos na mesma sala, como o seguinte:
- " Na falta do sábio loiro, do produto estrangeiro, o arrogante Marcos, LEVEMENTE SARARÁ, tinha seu encanto." (Tenda dos milagres)
A terceira e ultima parte da galeria 3 é representadas por 'rolos' pendurados no teto. Envoltos com fotografias da lavagem do Senhor do Bonfim, o que transmitia então uma visão de multidão, folia, festa. As pessoas que visitam a exposição são orientados a passarem pelo meio desses tubos, para que tenham a sensação de estarem passando em multidão.
"É preciso ter muito cuidado ao passar, pois é como se estivéssemos passando no meio de uma grande multidão. Como é que passamos em meio à muita gente? Espremidinhos não é? Então é assim que passaremos por aqui." - Orientações dadas pelo guia.
#Texto feito por: Thaislane Nascimento.
sábado, 13 de outubro de 2012
3- Jorge Amado e o Modernismo.
O autor Jorge Amado se encaixa perfeitamente na 2ª fase do
modernismo brasileiro, no qual se referia á um Brasil que vivenciava profundas
crises, e é nesse momento que o romance brasileiro se destaca, pois se inicia
uma analise critica da realidade utilizando de vários temas como: o quadro
social, econômico e político, a crise cafeeira
e o combate ao socialismo.
Na prosa os textos eram focados mais diretamente pelo
Realismo e Naturalismo do século XIX. Utilizavam do regionalismo,
principalmente do nordestino, onde havia problemas como a seca, a migração, os
problemas do trabalhador rural, a miséria e a ignorância.
Uma das obras de Jorge Amado que se enquadra na 2ª fase do
modernismo é Capitães de Areia, no qual se consolida o período de manifestação
do romance regionalista nordestino que retrata a desgraça e a opressão do
homem, apresentando tipos marginalizados, analisando toda a sociedade através
da obra.
Jorge Amado se destaca nessa fase com seus romances, juntamente
com José Lins do Rego, Raquel de Queiroz e Graciliano Ramos, personalidades as
quais o escritor matinha amizade.
As obras literárias de Jorge Amado podem ser divididas em
três fases: uma predominava as preocupações político-sociais, a qual foi logo
no inicio de sua carreira; a segunda sobre o ciclo do cacau; e a terceira com a
exploração do lirismo e da sensualidade feminina.
Na primeira abrangem: Capitães de Areia, Mar morto, Jubiabá e Suor.
Na segunda: Cacau, São Jorge de Ilhéus e Terras do Sem-Fim;
na terceira: Teresa Batista Cansada de Guerra, Gabriela, cravo e canela ( que apesar de se passar na zona do cacau não é sobre
o ciclo do cacau em si), Dona Flor e seus Dois Maridos, e Tieta do Agreste.
Capitães de Areia foi escrito em 1937 em uma longa viagem
feita por Jorge Amado pelo Brasil, pela America Latino e pelos Estados Unidos, pouco tempo depois da
implantação do Estado Novo pelo presidente da época Getulio Vargas. Ao retornar
de viagem Jorge Amado é preso pela segunda vez por causa da extinção da
liberdade política que exigia o “Estado Novo”. O livro então foi censurado e
queimaram cerca de mil exemplares em praça publica, em Salvador. Apenas no ano
de 1944 a obra foi reeditada e retorna às livrarias, em muitas edições tanto em
português como em outros idiomas. Os Capitães de Areia é classificado como
heróis no “ estilo Robin Hood”. As autoridades e o clero são retratados na obra
pela opressão, crueldade e maldade (Padre José Pedro, foi uma exceção). Um
livro o qual rompeu com questões do romance tradicional, sendo um romance de
denúncia social que retrata o amor proletário entre Dora e Pedro Bala. È
considerado um romance “lírico-revolucionario”, que expressa desejo por uma
sociedade igualitária.
#Texto feito por: Yuliandra Oliveira.
#Texto feito por: Yuliandra Oliveira.
4- Características do Modernismo, associada ao livro - Capitães de Areia.
O tema principal dos livros de Jorge Amado sempre foi a Bahia e seu povo.
Como cenário Jorge Amado se utilizou de Salvador, de Ilhéus e do sertão da Bahia. Em alguns de seus livros, Jorge Amado abordou temáticas de cunho social e político.·.
A característica do modernismo que se associa com o livro Capitães de Areia é a Incorporação do Cotidiano, que foi uma das maiores conquistas do Modernismo, ou seja; uma abertura temática sem precedentes, pois, até então, apenas assuntos “sublimes” tinham direito indiscutível ao mundo literário. É o que nos mostra a história desse livro, que vem abrangendo principalmente a situação de vida das pessoas e a condição social, descrevendo então a vida abandonada de crianças e adolescentes :
"SOB A LUA, NUM VELHO TRAPICHE ABANDONADO, as crianças dormem".
crianças essas que são conhecidas por toda a cidade por praticarem o roubo, envolvendo assim a característica da infância marginalizada:
"Já por várias vezes o nosso jornal, que é sem dúvida o órgão das mais legítimas aspirações da população baiana, tem trazido notícias sobre a atividade criminosa dos Capitães da Areia, nome pelo qual é conhecido o grupo de meninos assaltantes e ladrões que infestam a nossa urbe."
#Texto feito por: Thaislane Nascimento.
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